Tempos para se desafIAr

O desafio dos desafios. Pensar sobre o mês do trabalho hoje não é o mesmo do que há alguns anos, você tem que concordar. Afinal, as perguntas que fazemos são outras (e tem até máquinas no meio de tudo isso). De qual trabalho estamos mesmo falando? Talvez, a gente acabe debatendo sobre empregos que, logo, deixarão de existir ou evitaremos falar sobre lugares que ainda nem são possíveis.

"Ainda". Um espaço temporal que faria este mesmo texto parecer sem lógica há alguns anos quando o papo sobre Inteligência Artificial parecia tão, tão distante. E, agora, 100 anos podem virar 5 nessa acelerada corrida para se adaptar a modelos bem desafiadores para líderes, gerentes, colaboradores ou, bem, qualquer indivíduo. Alguns colocariam em duelo as inovações versus tudo que já conhecemos na prática, mas seria uma forma muito simplista e até perigosa de encarar as transformações. Até porque "promptar" não parecia uma palavra que faria parte tão cedo do nosso vocabulário.

Voilà. Da IA Generativa à IA Geral, o estímulo à produtividade se alia à demanda por uma aprendizagem contínua para a criação de novas programações e maneiras de não dar "pane no sistema" no admirável mundo novo do trabalho. Mas, ao contrário de um espírito de conformismo, essa é a vez de se desafiar no organismo vivo e evolutivo da vida como um todo, em que a IA permite automatizar processos e devolver o tempo para que se encontre o equilíbrio possível entre a vida pessoal e profissional.

Mais do que isso, há pesquisadores que já apontam o impacto dessa revolução tecnológica na ascensão de mais trabalhadores para a classe média, diminuindo barreiras e afetando salários. Um certo grau de otimismo? É difícil dizer por completo, mas dados como um aumento de quase 7 trilhões de dólares no PIB global não dá para se ignorar (Goldman Sachs).

O que também não passa despercebido é o viés inconsciente, o risco da desinformação, a ameaça do crescimento da disparidade e a regulamentação ética necessária. Não tem jeito. Com as possibilidades infinitas da IA Generativa, saber o que é ou não real será um exercício para reforçar os valores de autenticidade, transparência e intencionalidade. Sim, os insubstituíveis valores humanos estarão à frente seja qual for o oponente nesse jogo duro e digno de tiebreak. Apostam?

(As reflexões desse texto não foram geradas por Inteligência Artificial)

Por Lucas Ericlyn