O poder da entrevista

Uma boa comunicação. Para as carreiras do agora, uma habilidade-base, mas, para o futuro, uma questão de sobrevivência. Não é uma surpresa, no entanto. Com tantas transformações, o elo que permite alinhamento de expectativas, clareza, transparência, avaliação, capacidade analítica, quase tudo passa por uma conversa. Então, não seria a hora de sentarmos para uma troca de ideia sobre rituais quase básicos da rotina do mundo do trabalho?

Listemos: one-on-one, reuniões de alinhamento de projetos, feedbacks, avaliações de performance, tudo parte de um momento. Sim, a entrevista de seleção. De novo, uma boa comunicação pode ser a linha necessária para desdobramentos sem ruídos e desenvolvimento de carreira. Com assertividade, garante-se a exposição de ideias, de argumentos, até mesmo naquelas indesejáveis (porém, primordiais) críticas construtivas. Não há como fugir.

As perguntas proibidas, os feedbacks desalinhados e as falhas de comunicação podem acender incêndios perigosos para a cultura corporativa e acelerar o fortalecimento do estresse. Se os problemas são complexos, mora na competência da adaptabilidade e de uma comunicação eficaz o trunfo em qualquer posição. Por isso, se você anda evitando uma boa conversa, tenho uma má e uma boa notícia. A má é de que você vai precisar correr atrás de desenvolver bem essa habilidade. A boa é que sempre há tempo de aprender.

Fomos acostumados a acreditar que se comunicar é parte natural do ser humano. O mundo corporativo (e tantas outras camadas tecnológicas e não-tecnológicas) vai nos ensinando que esse aprendizado deve ser contínuo. E, sim, ao longo da vida. Talvez, essa seja uma verdadeira arte.