mundo do trabalho

A Inteligência Artificial Generativa vai transformar (quase) tudo?

Vamos fazer um teste: se você tivesse trinta segundos para pensar na tendência de mais impacto nas relações humanas, no mundo do trabalho e na economia dos últimos anos, qual a primeira que aparece na sua cabeça? Ainda que o título deste artigo soe sugestivo, é quase impossível passar ileso pela revolução da IA, ou Inteligência Artificial. Textos, imagens, vídeos, músicas, códigos, palestras, o “tsunami” dessa tecnologia transformou, transforma e ainda transformará muito a forma que lidamos com a rotina.


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A explosão de notícias, investimentos e acessibilidade à Inteligência Artificial ainda provoca ruídos e traz desafios que aprendemos enquanto a roda ainda gira cada vez mais veloz. E, hoje, quem está no volante das discussões é a IA Generativa (mas que já avança para a IA Geral, um tema para outra conversa nossa). Em alguns artigos aqui no The Daily Swile, a gente discute os impactos no desaparecimento e na geração de empregos, segundo previsão do Fórum Econômico Mundial, além da expectativa, do otimismo e dos receios dos brasileiros quanto à confiança e à crise da desinformação

Só para se ter uma ideia, na área financeira, um estudo da Accenture revelou que os bancos podem impulsionar a produtividade de suas áreas em até 30% e aumentar em 20% o lucro operacional em três anos se fizerem o uso da IA generativa. Quando falamos em gestão de pessoas e recrutamento, 71% dos brasileiros afirmam que essas ferramentas de seleção de candidatos, programação de mensagens e contato, filtros de perfis de candidatos, entre outras, podem melhorar o seu desempenho no trabalho (LinkedIn, 2024). Ou seja, a era da IA Generativa não é uma tendência que passa despercebida. Muito pelo contrário. 

Compreendendo a IA Generativa 

Em resumo, pode parecer uma ideia nova, mas a Inteligência Artificial Generativa nada mais é do que tecnologias que utilizam dados e linguagens que já existem para criar, de forma automatizada e rápida, novos conteúdos. Desde mídias, textos a design de produtos, programação, chatbots, até mesmo pesquisa de medicamentos e análise de imagens médicas para diagnósticos com mais precisão, por exemplo. 

O mais impressionante de observar é que a IA não necessariamente é algo novo na rotina das pessoas, mas, sim, a velocidade e a escala das transformações na rotina. Em 10 anos, de acordo com pesquisas da Goldman Sachs, a IA generativa pode gerar um aumento de 7% (em outras palavras - ou números - quase 7 trilhões de dólares) no produto interno bruto (PIB) global. E é preciso olhar para esses dados com as lentes corretas, afinal tempo custa caro para as empresas e, nesse sentido, a IA pode ser uma das melhores aliadas. 

A redação recomenda

Sim, a gente está falando de produtividade. A capacidade da IA Generativa de partir de dados complexos para mobilizar soluções ágeis e automatizar fluxos que gerariam dias de trabalho é muito valiosa para o nosso tempo e para todos os mercados. No setor agrícola, por exemplo, essa tecnologia pode movimentar até R$ 23,6 bilhões na economia até 2028, mas não só isso: estamos fazendo monitoramento em tempo real, avaliações de dados mais precisas e rápidas, permitindo atividades burocráticas serem substituídas por mais estratégia, criatividade e foco em outras habilidades. 

Um respiro para focar no que há de mais humano

Então, a IA, na verdade, está nos conectando com o que há de mais humano? Ironicamente, sim. A chegada das inovações permitiu um olhar mais crítico para jornadas de aprimoramento de habilidades mais humanas, como o pensamento crítico, analítico, aprendizagem contínua e adaptabilidade. Conhecer linguagem de prompts, ferramentas de IA, Big Data, é essencial para a diferenciação e sobrevivência, mas os empregadores estão percebendo o real poder do fator humano na experiência e construção de cultura para o engajamento e a produtividade. Dessa forma, a revolução da IA Generativa deve iluminar um outro tipo de questionamento: o que a IA, então, não conseguiria criar? 

Segundo Zack Kass, ex-Diretor GTM da OpenAi presente no VTEX Day 2024, a única coisa que a Inteligência Artificial não conseguirá substituir é o que faz os humanos felizes. “O papo agora ficou emocionado”, você poderia imaginar. Mas não é bem assim. Isso porque tanto quanto os debates sobre IA têm agitado estruturas de todos os setores, a felicidade e a satisfação no trabalho se tornaram estratégias essenciais para a atração e retenção de talentos por conta da preocupação com a saúde mental. Assim, o que parece indispensável é repensar os motivadores, os papéis, os pilares que podem conectar a tecnologia com o fator humano. 

O maior risco da IA Generativa

Até mesmo quando entendemos os riscos da desinformação, dos conflitos éticos e dos vieses inconscientes alimentados pela IA, que (vale o reforço) é baseada em dados pré-existentes, a habilidade humana de análise crítica e curadoria se torna ainda mais relevante. Confiabilidade em tempos de oceano de informações e dinamismo pode ser a chave para a tomada de decisões, para diferenciar chances de sucesso e aplicação das ferramentas certas para processos mais eficientes. Sem essa capacidade, estaremos diante de tecnologias que não cumprem suas funções.

Criar textos? Possível, mas tem relevância? Fazer triagem de currículos em segundos? Feito, mas estão de acordo com os perfis capacitados para a empresa? As soluções em IA Generativa devem ser acompanhadas de novas perguntas que desenvolvem novas possibilidades. Sem isso, só serão novas informações empilhadas sem impacto algum em eficiência, produtividade e transformação para o que realmente importa: futuros positivos para as pessoas. 

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Lucas Ericlyn

Editor de Conteúdo

Sou um conteudista apaixonado pelas palavras, cultura e inovação. Aposto nos artigos e nos textos como um esportista nas suas habilidades, um […]

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