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Síndrome do impostor no trabalho: você realmente precisa se livrar dela?

Syndrome de l’imposteur au taf - faut-il vraiment s’en libérer ?

Segundo o International Journal of Behavioral Science, mais de 70% das pessoas são afetadas por pensamentos impostores no ambiente de trabalho em algum momento de suas vidas.


3 min
31 janvier 2024por Gabriela Dias

Do sentimento reprimido ao fenômeno generalizado

A síndrome do impostor teve origem nos anos 1970 por meio do trabalho de duas psicólogas, Pauline Rose Clance e Suzanne Imes. Em termos simples, ela se refere à sensação de ser ilegítimo e incompetente.

A síndrome do impostor se manifesta de duas maneiras, que podem ocorrer juntas, dependendo da pessoa:

  • Excesso de trabalho ou esgotamento: Isso acontece quando alguém se esforça excessivamente, tentando fazer mais e mais rapidamente, muitas vezes para compensar a falta de confiança. Isso pode ser percebido quando candidatos mencionam ser "perfeccionistas demais" durante entrevistas – às vezes, eles estão sendo honestos.
  • Procrastinação: Por outro lado, para algumas pessoas, essa síndrome se manifesta como um estresse profundo, levando a adiar tarefas para o dia seguinte. No entanto, é importante não confundir isso com preguiça temporária – todos nós já passamos por isso.

No entanto, há algo reconfortante a se notar: o que já foi considerado um tema tabu agora faz parte das conversas do dia a dia. Tanto é verdade que todos os livros de desenvolvimento pessoal tratam desse complexo, oferecendo orientações e dicas para ganhar autoconfiança, ser mais assertivo e superar a procrastinação. São muitos tópicos focados em ajudar as pessoas a se livrarem dessa sensação de "impostor".

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🗣 Quem é afetado?

A síndrome do impostor afetaria mais severamente as mulheres, embora os homens não fiquem de fora: um estudo com colaboradores da Tech mostrou que 50% das mulheres seriam afetadas, em comparação com 39% dos homens.

Quais são as consequências no ambiente de trabalho? O mundo profissional e a síndrome do impostor muitas vezes caminham juntos. E, não surpreendentemente, as ramificações são consideráveis.

  • Autocensura: A síndrome do impostor pode levar a um aumento do hábito de se autocensurar em várias áreas, como criatividade, estratégia e tomada de decisões.
  • Fadiga psicológica: Isso, por sua vez, contribui para a fadiga mental ao tentar manter um "perfil baixo" e ocultar esses pensamentos auto-depreciativos.
  • Impacto na carreira: Além das implicações cotidianas, as ambições profissionais podem ser prejudicadas. Mudar de cargo ou de empresa, decisões que parecem naturais para alguns, podem se tornar verdadeiros obstáculos para aqueles afetados.

Entretanto, olhar mais a fundo para isso pode trazer uma autoconsciência que ajude a mudar a perspectiva. Mais do que normalmente se pensa.

Um complexo que pode esconder uma força interior

Uma das principais armadilhas da síndrome do impostor é a sensação de vulnerabilidade. No entanto, onde há vulnerabilidade, também há espaço para empatia. E, por coincidência, a empatia é a habilidade mais valorizada por gestores (e outros) de acordo com diversas pesquisas.

Ter a síndrome do impostor não é necessariamente uma sentença definitiva. No entanto, precisamos ser cautelosos: o desejo de ter uma boa performance e se cobrar muito é acompanhado de estresse e excesso de trabalho

A questão é: podemos focar no aspecto positivo desse sentimento, encontrando um equilíbrio entre seus "prós e contras"? Em vez de nos esforçarmos para eliminá-lo completamente, talvez devamos encontrar maneiras de lidar com ele sem nos esgotarmos psicologicamente.

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Gabriela Dias

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Assim como a tinta de uma caneta pode transformar um papel em branco, gosto de pensar que, como conteudista, minhas palavras têm […]

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