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Liderar 4 gerações numa mesma equipe? Sim, é possível

Le top 5 des qualités attendues d’un bon manager

Pela primeira vez na história, há alguns cenários se construindo nos escritórios ao redor do mundo que valem imaginarmos juntos. Neste mesmo instante que você lê esse artigo, dois opostos dividem um mesmo projeto: a geração X e a geração Z. Os clichês, talvez, você já conheça. Enquanto uns são nativos digitais, outros estão quebrando a cabeça para lidar com a tecnologia (o que dirá Inteligência Artificial). Uns buscando a estabilidade com progressão de carreira, outros na procura por mais sentido e menos pressão de “trabalhar enquanto eles dormem”. 


5 min
31 janvier 2024por Lucas Ericlyn

Bom, o personagem dessa história que vai mais importar aqui não é um, nem outro. É o líder que encara o desafio de uma gestão intergeracional cada vez mais comum nos ambientes corporativos. Afinal, estamos vendo quatro gerações tão diferentes compartilhando objetivos comuns para um mesmo negócio. Visões diferentes, planos e propósitos quase extremos, convergindo para um mesmo caminho: trabalhar bem juntos

Os líderes de hoje não estão preparados

Mas para 79% das lideranças, hoje no Brasil, conduzir diferentes gerações é algo muito difícil (Sputnik). Para o estudo, os conflitos geracionais têm se transformado em desafios cada dia maiores, com a construção de uma cultura organizacional que saiba lidar com a diversidade. Esse pode ser um ponto chave para definir como encaramos o futuro do trabalho, com a chegada também da Geração Alpha: o desenvolvimento de lideranças estratégicas, humanizadas e eficientes.  

Coordenar processos, gerir demandas, lidar com relações interpessoais, cuidar da saúde mental da equipe, tudo isso ganha novos contornos quando imaginamos que cada pessoa trabalha esses aspectos de forma particular. Então, o que fazer para manter o ritmo, o engajamento e a produtividade, sem comprometer os rituais necessários e os resultados que se espera de um time tão diverso? A resposta não pode vir na exclusão, até porque a inovação é uma das grandes características impulsionadas pelo fator da diversidade. 

A redação recomenda

Valorizar a experiência e contar com o olhar mais atento à novidade para a tomada de decisão não devem sentar em cantos opostos numa mesma mesa. Para quem ainda torce o nariz para entregar mais responsabilidades para os mais jovens, ou duvida da requalificação de pessoas mais experientes no mercado, o caminho será um pouco mais duro. Na real, se nos concentrarmos mais em habilidades e menos na quantidade de velinhas sobre o bolo de aniversário, todo mundo ganha. 

Como nossos pais 

No mundo do trabalho, nós já não somos os mesmos e nem trabalhamos como os nossos pais. A realidade, em boa parte das empresas, tem se adaptado a modelos de comunicação totalmente diferentes, tecnologias e perfis de profissionais. O fator geração é, dentre eles, um dos mais desafiadores para as lideranças do futuro. Isso porque os conflitos geracionais quando mal gerenciados prejudicam o clima organizacional, tolhe a inovação, impede o fluxo de aprendizagem e pode levar a crises de engajamento e até saúde mental. 

E, líder, aqui você terá um papel decisivo. Porque a gestão de pessoas deve ser feita de modo a impedir o preconceito a partir dos estereótipos, manter o ritmo das entregas e dos processos, conhecer as diferenças entre cada perfil de colaborador, estimular a colaboração e criar um ambiente de confiança e transparência. 

No mundo, até 2030, estudos já mostram que haverá escassez de talentos de mais de 85 milhões de pessoas. Então, como as empresas poderão atrair profissionais qualificados? Na prática, os movimentos do mercado de trabalho têm despertado para alguns sinais. De acordo com pesquisa da Bain & Co., trabalhadores com 55 anos ou mais atingirão a marca de um quarto da força de trabalho em 2031. Atravessando algumas gerações, o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos é mais de duas vezes superior à média nacional do Brasil. 

O que esses números provocam reflete diretamente na forma como atraímos e recrutamos os perfis de colaboradores dentro da cultura da empresa. Se há mecanismos de inclusão, de diversidade, de sensibilização e treinamento para ter uma atividade contínua de troca de conhecimento, mentoria e colaboração. É preciso se preparar. 

Coloque numa listinha os fatores que impedem a sua boa gestão intergeracional:

Imagine que nela possa aparecer:

1. Preconceito entre os estilos de trabalho e expectativas de cada geração;

2. Necessidades específicas para diferentes gerações, sim, afinal, cada uma cresceu em tempos de estímulos diferentes à ambição;

3. Comunicação. Enquanto uns são mais tete-a-tete, outros preferem mensagens instantâneas, alguns e-mails ou até reuniões de até 15 minutos para alinhamento. E agora?

Foque em 3 pilares: comunicação, cooperação e aprendizagem contínua

O líder do futuro deverá trabalhar a flexibilidade, a empatia, a boa comunicação, a transparência e a colaboração junto com a diversidade da sua equipe. Você conhece os perfis de cada geração? Aprofunde, tenha escuta ativa e permita que esse conhecimento seja de todos

Incentive uma cultura de trabalho conjunto, criando projetos com pessoas de diferentes perfis e experiências para uma maior troca e sinergia. E traga cada um deles para a tomada de decisão, estimulando a autonomia e o espírito cooperativo. 

Com pensamento estratégico e foco nos objetivos do negócio, veja a diversidade entre eles a partir das habilidades, derrubando as barreiras na transferência de conhecimento. Quem sabe não é hora de algum programa de mentoria entre as gerações? 

O processo permite muitas ideias que podem ser criadas em conjunto. E, talvez, essa seja aquela competência que impulsionará novos líderes capazes de reinventar o modo de fazer gestão de pessoas com um olhar para as gerações futuras: a empatia de aprender ao lado de todos e sempre em movimento.

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Lucas Ericlyn

Editor de Conteúdo

Sou um conteudista apaixonado pelas palavras, cultura e inovação. Aposto nos artigos e nos textos como um esportista nas suas habilidades, um […]

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