direto ao ponto

3 habilidades para ser o líder que o futuro precisa

Nas séries, nos filmes, ou até mesmo na vida real, o que se conhecia sobre ser um “chefe” sempre esteve rodeado de estereótipos. Seja reforçando uma inabilidade quase cômica de gerir pessoas, seja em posições isoladas quase inalcançáveis, esse papel sofreu algumas mudanças de “roteiro” nos últimos anos, impulsionadas pelo fator humano.


4 min
31 janvier 2024por Lucas Ericlyn

Começamos a falar mais sobre liderança humanizada, emocional, a diferenciar gerentes de líderes, e tudo parecia caminhar para um outro momento no mundo do trabalho. Certo? 

Sim, mas também há outros fatores. A transformação da posição de um líder na era das soft skills tem evidenciado a força das habilidades, como inteligência emocional e capacidade de lidar com riscos, em comparação com conhecimento técnico. Para Tim Ryan, Senior Partner da PwC, a característica número 1 que um CEO deve ter, atualmente, é a humildade

“Espera aí, em um momento de avalanche de IA generativa, 4 a 5 gerações num mesmo ambiente de trabalho, incertezas econômicas, o foco deve estar em ‘ser mais humilde’?” 

Bem, não é à toa. Para 49% dos entrevistados em uma pesquisa da Robert Half, a inteligência emocional é a principal habilidade desejada pelos profissionais para uma boa liderança. E o que parece separar os bons dos grandes líderes é quando essa habilidade permite não só a autoconsciência, a resiliência, a empatia e outras características aflorarem em conjunto, mas encorajar a colaboração, arriscar e aprender com os erros

Coragem para desaprender

Em tempos de fuga da ideia de se tornar um líder e de repensar a ambição, devido ao estresse, à pressão e ao burnout, é indispensável se questionar sobre o que fomos ensinados e o que ainda ensinamos sobre perfis de liderança. Isso porque, muito provavelmente, seja nos cursos ou na faculdade, é natural ter sido super estimulado a aprender sobre produtividade, foco em resultados, gestão de metas. 

Mas você lembra a última vez que você sentou para aprender sobre empatia? E sobre humildade? Contamos com o aprendizado da vida ou de dentro de casa, mas a realidade nos ambientes corporativos exige mais que isso. Na era da aprendizagem, desaprender também tem valor imensurável.

A redação recomenda

Em time que está ganhando, não se mexe?

É preciso encarar os dados e as métricas de forma analítica para reconhecer o conceito de “ganhar” quando falamos sobre equipes. Para algumas, a referência pode estar na baixa rotatividade e bom relacionamento interpessoal, para outras o NPS do time ou as entregas dos projetos. Mas a verdade é que evitar criar oportunidades de mudanças e inovação, ou seja, não mexer em estruturas que proporcionem novas melhorias é um risco muito maior do que mexer. É onde ficamos frente a frente com a habilidade de se arriscar. 

Entre toda zona de conforto e de aprendizagem, há uma zona do medo. Para assumir riscos, primeiro se conhece a vulnerabilidade e todas as suas variáveis. Quando caímos na ideia de impedir mudanças naquilo que se tem resultados constantes e seguros, o que você imagina que acontece? Olá, zona de conforto! E, não, isso não é um bom sinal.

Bons líderes crescem com a inovação, a experimentação, abrindo-se à capacidade de agir em lugares de riscos. São fatores que, certamente, nenhuma inteligência artificial conseguirá copiar em tomadas de decisões. Segundo estudo da Gartner, 24% dos gestores de RH acreditam que a empresa não prepara os seus  líderes para o futuro do trabalho. E por que não prepará-los também a assumir riscos? 

Errar não faz de você um líder ruim, mas, sim o que você faz com o seu erro

Você já imaginou que, se Steven Spielberg não tivesse se permitido errar e parado nas duas vezes que foi rejeitado pela escola de cinema ou pela convivência com a Dislexia, não teríamos grandes clássicos como ET: O Extraterrestre, A Lista de Schindler, O Resgate do Soldado Ryan e outros? Ou se Thomas Edison tivesse desistido nas duas mil tentativas erradas de fazer uma lâmpada incandescente? Ou tantas outras histórias próximas a você (e talvez a sua mesma) que arriscaram mesmo depois de alguns erros? 

Errar não é território proibido para um bom líder. Os melhores são aqueles que compreendem o erro como uma oportunidade de aprender a fazer melhor, identificando riscos maiores e trabalhando as soluções que precisam. É onde se constrói também confiança, tomando responsabilidade com transparência, e evitando uma pressão cada vez maior sobre si e sobre o time que se gere

A real mesmo é que as ferramentas que temos para construir um futuro do trabalho diferente também precisam acompanhar as mudanças de expectativas de um bom líder. Inspirar, saber delegar, executar bem, guiar todos em um único propósito, ganham novas dimensões de comunicação, empatia, humildade e cuidado. Não só dos outros. Um bom líder sabe cuidar de si, da sua inteligência emocional, para assumir riscos, talvez errar, mas sempre seguir em busca do melhor. 

.

Gostou do artigo e quer ficar por dentro sempre das novidades do The Daily Swile?

Participe da nossa comunidade no WhatsApp e receba, em primeira mão, todas as tendências do mundo do trabalho: https://bit.ly/zap-thedailyswile

Lucas Ericlyn

Editor de Conteúdo

Sou um conteudista apaixonado pelas palavras, cultura e inovação. Aposto nos artigos e nos textos como um esportista nas suas habilidades, um […]

A newsletter que vai fazer você adorar falar sobre trabalho.

Quinzenalmente, na sua caixa de entrada do e-mail.

Por que essas informações? A Swile pede essas informações para enviar a sua newsletter. Você pode cancelar a inscrição a qualquer momento através do link em cada um de nossos e-mails. Para saber mais sobre a gestão dos seus dados pessoais e exercer os seus direitos, poderá consultar a nossa Política de Privacidade