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De colaborador comprometido a workaholic: onde está o limite?

Best-of des questions les plus loufoques (mais révélatrices) pouvant être posées en entretien.

Entre uma pessoa colaboradora que se dedica muito ao seu trabalho e alguém que está completamente viciado nele, a linha que separa os dois pode ser confusa. Portanto, o que verdadeiramente diferencia uma pessoa colaboradora engajada de um workaholic?


4 min
16 janvier 2024por Gabriela Dias

Recentemente, a perspectiva sobre o comprometimento dentro das empresas passou por uma evolução significativa. Agora, não consideramos um profissional comprometido apenas aquele que mantém altos índices de presença no trabalho. Em vez disso, vemos um colaborador comprometido como alguém que se assemelha a um corredor de longa distância. Esse colaborador tem a capacidade de acelerar quando necessário, mas também compreende a importância de administrar seu esforço de forma sustentável ao longo do tempo.

Um em cada três brasileiros passam por algum grau do burnout

A capacidade de avaliar o próprio esforço, gerenciar as próprias prioridades e manter a felicidade são alguns dos elementos que distinguem o trabalhador comprometido do workaholic. Por outro lado, o workaholic tende a trabalhar longas horas, mesmo além do necessário, e muitas vezes sente uma necessidade constante de estar ocupado com tarefas relacionadas ao trabalho. 

No Brasil, segundo dados da Associação Nacional de Medicina no Trabalho (ANAMT), 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de Burnout devido ao excesso de trabalho.

Quando o prazer desaparece, tudo perde o valor!

Existem diversos fatores de risco associados ao workaholism:

Personalidade perfeccionista: Indivíduos que possuem uma tendência perfeccionista, buscando sempre a excelência e sendo críticos consigo mesmos, podem estar mais inclinados ao workaholism. A constante busca pela perfeição pode levá-los a dedicar tempo excessivo ao trabalho.

Impulsividade: Pessoas com tendência a agir impulsivamente, sem avaliar completamente as consequências, podem se envolver em padrões de trabalho excessivos sem pensar nas implicações para sua saúde e equilíbrio geral.

A redação recomenda

Hiperinvestimento: Aqueles que se dedicam excessivamente ao trabalho, investindo uma quantidade desproporcional de tempo e energia, estão em risco de desenvolver um padrão de workaholism. O trabalho é a prioridade dominante em suas vidas.

Dificuldade em delegar: Pessoas que têm dificuldade em confiar nas habilidades de outros e delegar tarefas podem se encontrar sobrecarregadas, trabalhando mais do que o necessário para manter o controle.

Evitar ausências: Aqueles que têm uma aversão a se ausentar do trabalho, mesmo quando necessário, podem estar em risco de workaholism. O medo de ficar de fora ou perder oportunidades pode levar a um ciclo constante de trabalho.

Ambiente de trabalho estressante: Um ambiente de trabalho com alta pressão, constantes mudanças e níveis elevados de estresse pode incentivar comportamentos de workaholism. A necessidade de acompanhar as demandas pode levar a um ritmo de trabalho insustentável.

Consequências inevitáveis?

O resultado é uma lista desagradável de efeitos colaterais. Ao trabalhar incansavelmente, o workaholic corre o risco de sofrer:

  • Ansiedade;
  • Errar e ver queda na produtividade (o que também prova que o vício no trabalho não é uma vantagem para a empresa);
  • Experimentar distúrbios somáticos (insônia, dores musculares, etc.);
  • Ganhar peso, aumentar o consumo de álcool ou tabaco;
  • Passar por conflitos familiares.

Existem workaholics felizes?

Nem todos os workaholics acabarão esgotados. Eles apenas ficam mais vulneráveis porque estão acumulando fatores de risco. De fato, mesmo que para muitos workaholics o prazer no trabalho tenha se perdido, ocasionalmente nos deparamos com um workaholic feliz. Aquele trabalhador dedicado que consegue desempenhar suas funções por 70 horas semanais, dormir por 8 horas e ainda manter o bom-humor. Este cenário pode ser visto em um estágio de três etapas:

Trabalhador comprometido: Ele compartilha a mesma satisfação e dedicação de um viciado em trabalho, mas não se sente aprisionado por isso. Ele consegue desconectar porque está amparado por fatores pessoais, como sua personalidade, situação familiar ou paixões. Seu trabalho não é sua única prioridade.

Workaholic entusiasta: Também está comprometido e satisfeito com seu trabalho, mas sempre se envolve mais devido à sua personalidade ou ambiente de trabalho. No entanto, ele consegue equilibrar sua vida de acordo com suas próprias necessidades. Mesmo com uma carga de trabalho acima do normal, ele ainda encontra prazer em seu trabalho.

Workaholic à beira do esgotamento: Compartilha traços similares ao perfil anterior, mas em algum momento muda devido à desorganização no trabalho, como mudança de liderança, perda de apoio ou transformações estruturais no negócio. Essa desorganização o leva a trabalhar mais, sem obter a satisfação de um trabalho bem realizado. Pode também ser alguém tão perfeccionista que raramente se sente satisfeito.

Para evitar o esgotamento, os workaholics devem estar atentos aos fatores de risco e manter uma perspectiva clara sobre sua relação com o trabalho. Da mesma forma, as empresas precisam entender que passar mais tempo no escritório nem sempre se traduz na maior produtividade e comprometimento. Satisfação no trabalho, sentido e reconhecimento formam o trio mágico para prevenir o esgotamento.

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Gabriela Dias

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Assim como a tinta de uma caneta pode transformar um papel em branco, gosto de pensar que, como conteudista, minhas palavras têm […]

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