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Idosos e Geração Z: 5 dicas para gestão intergeracional

No mundo do trabalho, gestão intergeracional não é novidade há anos, mas será que as empresas realmente têm se investido no tema? Com a chegada da geração Z, parece haver bem mais demandas por novas formas efetivas de cooperação entre as gerações.


6 min
27 octobre 2023por Lucas Ericlyn

A gestão intergeracional tem sido discutida há anos, mas poucas empresas realmente se empenharam nesse assunto. Além de simplesmente coexistir, é necessário explorar formas efetivas de cooperação entre as gerações.

À medida que avançamos nas letras do alfabeto (Geração X, Y, Z, etc.), as questões intergeracionais estão se tornando cada vez mais relevantes para as empresas, especialmente diante das rápidas mudanças tecnológicas.

Um estudo realizado pelo Australian Human Resource Institute revelou que apenas 8% dos entrevistados afirmaram que seus gestores recebem treinamento para lidar com equipes compostas por diferentes gerações. Além disso, o estudo constatou que 30% dos empregadores hesitam em contratar trabalhadores com mais de uma determinada idade - e para 68% desses empregadores, essa idade é de 50 anos.

Então, qual é a solução? A intergeracionalidade deve ser considerada um dos pilares da política de diversidade de uma empresa, juntamente com gênero, deficiência, origem social, entre outros. Mas como podemos implementar essa abordagem?

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Educar as pessoas colaboradoras sobre o assunto

Educar as pessoas colaboradoras sobre a gestão intergeracional é o primeiro passo para lidar com diferenças entre as gerações. Marc Raynaud, fundador do Observatório da Gestão Intergeracional (OMIG), tem trabalhado há mais de 10 anos para conscientizar as empresas sobre esse assunto. Ele destaca que o tamanho da diferença geracional não é o mais importante, mas sim o reconhecimento dessas diferenças.

Quando falamos em diversidade etária é muito importante compreendermos o processo empático. Nessa situação hoje, os jovens deveriam pensar “amanhã estarei com a idade dos mais velhos” e os mais maduros deveriam refletir que “já vivenciaram a idade dos jovens” e com processo prático fazer esta aproximação que é a de colocar o futuro e o passado na aproximação do presente.

Em resumo, educar as pessoas colaboradoras sobre a gestão intergeracional ajuda a promover o entendimento e a valorização das diferenças entre as gerações, criando um ambiente de trabalho mais inclusivo e produtivo. No entanto, apenas conscientizar não é o suficiente. Precisamos ir além e explorar outras ações para lidar com a gestão intergeracional de forma mais efetiva.

Trabalhe em grupo sobre representações

Uma ideia interessante para explorar representações é formar dois grupos de trabalho: um composto por jovens e outro por pessoas mais velhas. “Um facilitador ajudará as duas partes a expressarem sua percepção sobre a outra geração, mas cada uma por si ”, diz Marc Raynaud. É provável que os jovens vejam os mais velhos como lentos, enquanto os idosos podem ver a Geração Z como preguiçosa. São apenas estereótipos! 

Em seguida, os dois grupos se reunirão para discutir suas representações mútuas. O objetivo é permitir que todos expressem se se reconhecem ou não nessas descrições e também explicar seus próprios sentimentos. É importante seguir essas etapas e ter a intervenção de um terceiro imparcial e experiente. Não é aconselhável formar imediatamente grupos mistos, pois isso pode causar conflitos.

Formar parcerias Júnior/Sênior na liderança de projetos

Para promover uma verdadeira colaboração entre gerações, é importante criar oportunidades para que elas trabalhem juntas. Uma maneira eficaz seria estabelecer uma liderança compartilhada nos projetos, envolvendo um profissional mais jovem e outro mais experiente. Juntos, eles formam uma dupla poderosa.

Ao formar essas duplas, não é apenas uma questão de considerar a idade, mas, sim, buscar competências complementares. Ao focar nesse aspecto, ambas as partes evitam conflitos e facilitam a transferência de habilidades, permitindo que cada um aprenda com a expertise do outro em sua área de especialização. Por exemplo, um jovem com habilidades avançadas em desenvolvimento de software poderia se juntar a um profissional sênior com vasta experiência em marketing.

Essa abordagem permite que ambos aprendam um com o outro em suas respectivas áreas de especialização, promovendo uma colaboração mais efetiva e proveitosa.

Mentoria e coaching

Embora a prática da mentoria não seja inovadora, ela é amplamente utilizada e pode ser eficaz quando ambas as partes estão dispostas a experimentá-la. Isso é especialmente verdadeiro no caso da orientação reversa, em que os mais experientes podem ter dificuldade em aceitar que os mais jovens possam ensiná-los algo. É importante não forçar essa dinâmica e optar por mentores que demonstrem habilidades pedagógicas, aconselha Marc Raynaud.

Uma forma interessante de renovar a mentoria é explorar jogos de RPG, nos quais os jovens podem se colocar no lugar dos mais experientes. Além disso, uma solução é se afastar da abordagem tradicional e adotar uma postura de coaching. Isso funciona especialmente bem no processo de integração, onde um veterano da empresa pode atuar como amigo/treinador para um jovem recém-chegado. 

Dessa forma, incentivamos a aprendizagem mútua entre diferentes gerações, proporcionando um ambiente dinâmico e fluido.

Ou seja…

É essencial envolver a Geração Z na tomada de decisões, pois os jovens não aceitam que as decisões sejam baseadas puramente na idade, ignorando suas habilidades. Ao colocar os mais jovens em uma posição ativa, nós os capacitamos e oferecemos a eles a oportunidade de realmente cooperar com os mais velhos. Essa é a receita verdadeira para alcançar uma intergeracionalidade efetiva.

E não para por aí! Também estamos permitindo que eles contribuam de forma significativa e sejam valorizados em parceria com as gerações mais velhas. Juntos, eles podem construir um ambiente colaborativo e enriquecedor.

Para alcançar uma verdadeira mistura de gerações e potencializar o talento da Geração Z, aqui estão as chaves:

  • Valorizar habilidades, não aniversários: Esqueça a ideia de que a idade define tudo. O que importa são as habilidades. Se concentre nelas;
  • Dê poder aos jovens: Coloque os jovens na linha de frente das decisões. Isso não só lhes dá voz, mas também uma chance real de fazer a diferença;
  • Fomentar a sinergia: Imagine um verdadeiro encontro de mentes de diferentes gerações, compartilhando conhecimento e experiência. É como uma sinfonia de ideias!
  • Celebre a diversidade de pensamento: Cada geração traz sua própria perspectiva. Juntar todas essas mentes é como montar um quebra-cabeça que mostra o quadro completo.
  • Cultive aprendizado contínuo: Ninguém fica parado no tempo. Encoraje todos a continuarem aprendendo, independentemente da idade, para que todos estejam sempre no topo do jogo.

Ideia extra: Fazer da geração intermediária uma ponte geracional. Que papel as pessoas com idades entre 35 e 45 anos podem desempenhar na promoção da interação entre a Geração Z e os idosos? Uma abordagem eficaz é proporcionar encontros informais, como almoços, happy hours ou até mesmo atividades de integração em equipe. Esses momentos permitem a criação de vínculos e a oportunidade de aprender com a riqueza de experiências uns dos outros, além de usufruir das diferenças e superá-las de forma mais positiva.

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Lucas Ericlyn

Editor de Conteúdo

Sou um conteudista apaixonado pelas palavras, cultura e inovação. Aposto nos artigos e nos textos como um esportista nas suas habilidades, um […]

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